Escultura inglesa
A escultura inglesa do século XVI deriva da italiana, sendo deste último país os mais notáveis artistas que trabalharam na Inglaterra. Os monarcas, para animar a vida artística, exerceram uma função muito importante à hora de desenvolver este movimento artístico. Entre os primeiros e principais escultores italianos figurou Pietro Torrigiano, ao que se deve o sepulcro de Henrique VII e Isabel de York. Está realizado em mármore e bronze dourado, com as figuras jacentes dos monarcas e em cada canto do sepulcro uns anjos que sustêm os escudos de armas; encontra-se numa capela da abadia de Westminster em Londres. Em 1511 esculpiu o sepulcro deMargarida Beaufort, mãe de Henrique VII. De 1516 data o sepulcro do arquivistareal, John Young, que também representou num busto conservado na National Portrait Gallery de Londres.
Também lhe foi encomendada por Henrique VIII a sua própria sepultura e a da sua esposa Catarina de Aragão em 1518. Apesar da viagem do escultor à Itália para contratar ajudantes, desconhecem-se os motivos pelos quais não chegou a realizar a obra e abandonou a corte inglesa para se instalar na Espanha em 1525. Este sepulcro foi realizado finalmente entre 1524 e 1528 pelo escultor italiano Benedetto da Rovezzano.
Com a implantação da reforma protestante suprimiu-se na Inglaterra a escultura religiosa, bem como o contato com todo o que pudesse vir da Itália, ao ser identificado como uma via de influência papal. Apenas nos soberbos panteões e em estátuas comemorativas de personagens teve desde então alguma vida a arte plástica, como o realizado pelo inglês Richard Parker para o túmulo do conde de Rutland (1543) em Bottesford.47
A influência italiana foi substituída pela francesa e pela vida de artistas flamengos, entre eles Gerard Johnson (chamado também Garret Jansen), que realizou o sepulcro do conde de Southampton em Titchfield e o monumento funerário em honra de William Shakespeare em Stratford.48
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